Orientação para casais idosos
Orientação sexual em casais idosos
A saúde sexual de homens, mulheres e casais idosos tem sido um tabu, porém o aumento da longevidade das mulheres e dos homens tem mudado tal contexto, bem como o desenvolvimento de drogas que visam a melhoria da função sexual têm contribuído também para uma mudança na atitude das pessoas idosas e dos médicos da comunidade, aumentando assim a procura de ajuda.
Existem alguns problemas referentes a idade que essa população enfrenta tais como imobilidade, declínio intelectual, incontinência urinaria, isolamento, dor, vergonha, percepção social e cultural negativa, pois nossa sociedade não está preparada culturalmente para aceitar corpos velhos sendo envolvidos em sexo já que vivemos em uma sociedade que vive através de uma percepção social estética, em que se valoriza apenas o corpo jovem.
Tal contexto no período pós-moderno, a curtos passos tem sido modificado discretamente dando lugar a uma nova perspectiva, que está relacionado ao crescimento da população idosa saudável, desenvolvimento de medicações específicas para disfunção sexual, aumento da atenção sobre a ajuda sexual por parte da população médica. A sexualidade passa a ser reconsiderada com possíveis funções diferentes como recreação, alegria e prazer.
Uma pesquisa com respeito à sexualidade dos casais idosos feita na Suíça revelou que a dificuldade sexual em idosos está associada a várias dificuldades por isso não há acordo claro sobre quando o declínio da sexualidade começaria de fato: seria aos 40 com o declínio gradual de androgênios, aos 50 perto da menopausa nas mulheres, e “andropausa” nos homens, ou aos 65 quando se define a senilidade? Não se sabe ao certo.
Dentro de todo o processo sabe-se que existem pontos importantes que devem ser mais bem avaliados, tais como a freqüência da atividade sexual com parceiro e sem parceiro, presença ou não de excitação, orgasmo, desejo, satisfação sexual, sintomas e disfunções, dor durante o ato sexual.
Sabe-se que nas pessoas idosas encontramos condições psicológicas, biológicas, sociais e culturais que favorecem o aparecimento de disfunções sexuais, sem falar que o problema em um deles acaba por afetar o outro. Dentre os fatores socioculturais destacamos expectativas negativas, perda da auto-estima, história de separação ou viuvez, etc. Depressão é um grande fator psicológico. Entre os biológicos: diabetes e obesidade, hipertensão, problemas ósseos ou musculares, medicamentos e mais especificamente, nos homens, doença prostática (Hiperplasia prostática benigna ou câncer) e abuso de álcool. Dentre os fatores relacionados ao casal temos o hábito e rotina, dificuldades de comunicação e disfunção do parceiro.
A saúde sexual é parte importante da saúde em geral e como foi mostrado é uma interação complexa de fatores. Faz-se necessário, portanto, um modelo sistêmico que provê componentes que possibilitem gerenciar as questões específicas do casal e individual, a fim de encontrar um equilíbrio na relação, trabalhando pontos como monotonia, diferenças, desenvolvimento individual, confiança dentre outros pontos.
Mônica Mafra -
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